A síndrome Alpha-Gal, uma alergia à carne vermelha, é desencadeada por anticorpos IgE que têm como alvo a galactose-alfa-1,3-galactose, conhecida como "alpha-Gal", encontrada nas carnes de mamíferos não primatas. As picadas de carrapatos são o principal vetor dessa sensibilização. Reconhecer uma potencial conexão com as picadas de carrapatos pode ajudar significativamente no processo diagnóstico. 1,3
A síndrome alfa-gal geralmente manifesta-se em adolescentes e adultos, com os sintomas variando de urticária inesperada (erupções cutâneas com coceira e inchaço) a problemas gastrointestinais (diarreia) e, em casos severos, anafilaxia. Em geral, os sintomas aparecem de 3 a 6 horas após o consumo de carne vermelha (como carne bovina, suína, ovina ou vísceras).1-4
É comum ser diagnosticada erroneamente como síndrome de cólon irritável, muitas vezes pode ser dado um subdiagnóstico, com uma média de atraso de mais de sete anos em 80% dos pacientes, os quais sofrem por não conseguir um diagnóstico preciso. Felizmente, os esforços para aumentar a conscientização e melhorar os métodos diagnósticos estão assegurando uma mudança positiva. Esse progresso traz uma promessa de menores atrasos no diagnóstico, melhorando o reconhecimento e o tratamento das alergias alfa-gal.5
O risco e a severidade das reações na síndrome alfa-gal são influenciados pela quantidade de oligossacarídeo nos alimentos, medicamentos ou produtos terapêuticos. A via de administração é importante, pois a exposição intravenosa causa reações rápidas, enquanto a via oral leva a uma reação demorada.
No caso de suspeita de alergia a carne de mamíferos, devido às reações variadas dos pacientes, é essencial fazer um histórico clínico detalhado focando nos fatores de predisposição, tais como picadas de carrapatos, consumo de carne e surgimento dos sintomas, bem como cofatores potenciais como consumo de álcool, atividade física e uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.2,7
O uso de testes de IgE específica, tal como o exame de sangue para IgE específica ImmunoCAPTM , melhora essa análise porque oferece um diagnóstico mais preciso e confiável. Essa abordagem possibilita aos profissionais de saúde desenvolver estratégias de tratamentos efetivos e adaptados para cada paciente.6,8
Em um paciente com alergia alfa-gal típica:
Os resultados dos exames de IgE específica devem ser interpretados juntamente com o histórico do paciente, sintomas e exames físicos para ajudar no diagnóstico e no desenvolvimento do plano de tratamento.4,6
Saiba mais sobre os exames de IgE específica ImmunoCAP e alfa-gal.
É importante estar ciente também de que há outros tipos de alergias à carne mediadas por IgE, tais como:
Os exames sanguíneos específicos para IgE podem ajudar a restringir o seu diagnóstico diferencial.
Você tem o poder de fazer a diferença.
* Nome completo dos produtos: Alérgeno ImmunoCAP e1, Caspa em gato; Alérgeno ImmunoCAP e220, componente rFel d 2, albumina sérica de gato; Alérgeno ImmunoCAP e204, component nBos d 6, Albumina Sérica Bovina
Para obter informações adicionais sobre os testes ImmunoCAP, alergias e/ou ferramentas e recursos educacionais, entre em contato com nossos especialistas em alergia.
Ferramentas para auxiliar no diagnóstico e no tratamento do paciente.
1. Taylor, M. L. et al. Intrinsic risk factors for alpha-gal syndrome in a case-control study, 2019 to 2020. Annals of Allergy, Asthma & Immunology (2024) doi:10.1016/j.anai.2024.01.029.
2. Steinke, J. W., Platts-Mills, T. A. E. & Commins, S. P. The alpha gal story: Lessons learned from connecting the dots. J Allergy Clin Immunol 135, 589 (2015).
3. Mayo Clinic [Internet]. Rochester, MN: Mayo Foundation for Medical Education and Research; Available from: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/alpha-gal-syndrome/symptoms-causes/syc-20428608.
4. Jackson, W. L. Mammalian meat allergy following a tick bite: a case report. Oxf Med Case Reports 2, 58–60 (2018).
5. Flaherty, M. G., Kaplan, S. J. & Jerath, M. R. Diagnosis of Life-Threatening Alpha-Gal Food Allergy Appears to Be Patient Driven. J Prim Care Community Health 8, 345–348 (2017).
6. Platts-Mills, T., Li, R. C., Smith, A. R. & Wilson, J. M. Diagnosis and management of patients with the α-Gal syndrome. J Allergy Clin Immunol Pract. 8(1), 15–23 (2020).
7. Patel, C. & Iweala, O. I. ‘Doc, will i ever eat steak again?’: Diagnosis and management of alpha-gal syndrome. Current Opinion in Pediatrics vol. 32 816–824 Preprint at https://doi.org/10.1097/MOP.0000000000000955 (2020).
8. Commins, S. P. Diagnosis & management of alpha-gal syndrome:lessons from 2,500 patients. Expert Rev Clin Immunol 16, 667 (2020).
9. Commins, S. P. et al. Delayed clinical and ex vivo response to mammalian meat in patients with IgE to galactose-alpha-1,3-galactose. (2014) doi:10.1016/j.jaci.2014.01.024.
10. Hamsten, C. et al. Red meat allergy in Sweden: Association with tick sensitization and B-negative blood groups. J Allergy Clin Immunol. 132(6), 1431–1434 (2013).
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12. García, B. E. & Lizaso, M. T. Cross-reactivity Syndromes in Food Allergy. J Investig Allergol Clin Immunol 21, 162–170 (2011).
13. Meyer, R. et al. World Allergy Organization (WAO) Diagnosis and Rationale for Action against Cow’s Milk Allergy (DRACMA) Guideline update - VII - Milk elimination and reintroduction in the diagnostic process of cow’s milk allergy. World Allergy Organization Journal 16, 100785 (2023).